quinta-feira, fevereiro 15, 2007

TODAS, QUEM, CARA PÁLIDA?

“Bom dia a todos e a todas”. A saudação corriqueira inventada pelo governador do Piauí, Wellington Dias, é marca registrada. Deveria ser usada, portanto, somente por ele. Governador é como um pop star, escritor ou poeta renomado. Pode se dar ao luxo de criar expressões, moda e neologismos. Se bem que no caso de governadores uma invenção duvidosa poderia muito bem vir protegida por um decreto proibindo a usurpação. O governador Wellington não tomou cuidado e o seu gracejo vernacular virou moda. Naturalmente entre seus auxiliares mais diretos. Eu achava que era só um hábito para agradar. Digamos... um esforço de puxa-saquismo. Mas que nada! A Coisa é muito mais perigosa. Está contaminando os auxiliares mais distantes. Hoje mesmo tem uma mensagem para o e-mail de muitos jornalistas, mandada pela assessora de imprensa do DETRAN, desejando a “todos e a todas um carnaval de paz e tranqüilidade”. Todas, quem, cara pálida? Jornalista que confunde o ofício com a oportunidade agradar não devia escrever. Principalmente quando não sabe o que é um pronome indefinido. “Bom dia a todos” (os presentes), "Desejo a todos" (os colegas, ou jornalistas) já está contemplando homens, mulheres, gays, lésbicas, simpatizantes e crianças. O acréscimo do “todas”, modinha governamental, não passa de gracejo, exagero verbal, incorreção que enche o saco de ouvintes e leitores mais atentos, compromissados com o bem falar. Quisesse a assessora de imprensa do DETRAN desejar um bom carnaval a jornalistas, individualmente, por sexo, que o fizesse com auxílio de artigos definidos que existem para isto: “desejo aos jornalistas e às jornalistas um carnaval... etc. etc”. Ser jornalista não é a mesma coisa que governar um Estado. É bom e recomendado que o jornalista persiga o correto para acertar sempre. Para o governante um erro a mais ou a menos não faz diferença. O marketing encobre.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

AQUECIMENTO GLOBAL É EVOLUÇÃO

No mês de novembro do ano passado, incentivado pela leitura do óbvio em sites ou por programas de TV, fiz aqui no blog dois artigos comentando o comportamento dos ecologistas e a perca de tempo dos ditos cientistas do meio-ambiente. Claro que reconheci e reconheço sempre a minha ignorância sadia e proposital no assunto. Por conta disto, agora estou recebendo e-mails e ligações de amigos e leitores, críticos e atrevidos que nem eu, perguntando se não vou engolir o que disse. Lembram-me dos estudos que estão sendo alardeados agora sobre o aquecimento global, que o planeta terra está correndo riscos e outros respeitáveis blablablás. Morro afogado pelas águas dos oceanos e não mudo um milímetro do que já elaborei intuitivamente sobre as mudanças climáticas mundiais. E não só intuitivamente. Mas porque tenho uma boa memória e sou capaz de citar tim-tim por tim-tim tudo o que já foi publicado sobre o assunto. E garanto que quem mudou de opinião foram os ecologistas e cientistas. Basta lembrar que na escola, durante décadas, aprendemos que as florestas são o pulmão da terra. Cortar árvores comprometia a qualidade do ar que respiramos. Há cerca de dez anos os cientistas mudaram de opinião. Quem faz a limpeza do ar são os oceanos e não as florestas. Elas contribuem apenas com três por cento deste trabalho. Há pelo menos oitenta anos um fenômeno chamado El Niño entra e sai de moda, em ciclos de seis ou dois anos alternados, Segundo os estudiosos é o responsável pelas mudanças climáticas. Listo, se for necessário, pelo menos 21 catástrofes mundiais provocadas por ele. De furacões a maremotos. Em meio a isto também entrou na pauta das discussões científicas o gás CFC que teria destruído parte da camada de ozônio da terra. Mais recentemente, o que os cientistas estavam dizendo é que o pum dos animais - vacas, ovelhas e porcos, é que faz estragos no nosso tão protetor ozônio. E tem mais. Os culpados são normalmente os povos que não têm nenhum grau de parentesco com os cientistas. Quer dizer: os estudiosos suecos apontam o dedo para os países americanos. Estes, por sua vez, dizem que o vilão da história são os orientais. O Brasil, cujas riquezas naturais são as mais cobiçadas em todo o mundo, está sob outro foco. É o país que pode salvar o mundo. Se parar de cortar árvores, se deixar de criar gado, se não fizer escavações de minérios, se não produzir mais aço etc e tal. Aço depende de carvão vegetal em sua composição. As atividades econômicas, diga-se de passagem, capazes de catapultar o Brasil para o clube dos países ricos, têm de ser paralisadas. Acredito no aquecimento, há números e estatísticas que comprovam o fenômeno. Aliás o aquecimento foi o grande responsável pelo fim da era glacial. De lá para cá o gelo da terra vem derretendo em maior ou menor intensidade. Duvido é da conclusão científica que entrou na moda agora. Dependendo dos interesses comerciais do mundo, no futuro bem próximo vão encontrar outras causas. Particularmente só tenho uma certeza. Todas as mudanças da natureza, a extinção de espécies e o surgimento de outras, fazem parte dessa coisa fabulosa que é a evolução. Antes mesmo da revolução industrial, do aumento populacional e do corte de florestas ela estava presente na vida de cada um. A invenção de máquinas quase perfeitas, humanóides, e os avanços da medicina em si são a comprovação da evolução do homem. E o que vai garantir a sua sobrevivência não é o interesse comercial. Não é a discussão de quem destrói mais os recursos naturais. É sobretudo a inteligência.
(Foto e criação extraídas da internet)