Finalmente uma coisa interessante para ocupar o noticiário dos telejornais, além das bolhas no pé do jogador Ronaldo. E não se trata da bunda do Ronaldinho Gaúcho, que saiu ferida do treinamento de hoje pela manhã.
Fala-se aqui da invasão do prédio da Câmara dos Deputados. Uma beleza de vandalismo. Uma atitude das massas. Coisa bem planejada, arquitetada com inteligência, para ganhar espaço na mídia e jogar ao segundo plano o patriotismo despertado pela Copa do Mundo.
Quem quiser que reclame, que se ofenda. Que ache uma atitude anti-democrática, uma ofensa a uma instituição secular. Mas na verdade aquilo lá foi apenas um alerta. Um recado direto: quem quiser respeito que se faça respeitar.
E o alerta é tanto mais representativo quando se observa que o comando da baderna estava sob o planejamento de um dirigente petista, o bem nascido Bruno Maranhão que, sem precisar de terras, lidera uma das mais de setenta facções do MST. A dele é o Movimento de Libertação dos Sem Terra. Uma visão nova, portanto. Além da falta de terra esta facção acha também que não tem liberdade.
A maior qualidade de Bruno Maranhão, como líder do MLST e integrante da Executiva Nacional do PT, é ser amigo companheiro do presidente Lula. Tem trânsito livre no palácio do Governo. Tanto que venceu as dificuldade e se encontrou com o presidente em audiência oficial por duas vezes este ano. Aliás, na visita recente de Sua Excelência a Pernambuco lá estava o Bruno amigo em cima dos palanques. Foi um dos convidados especiais para compor a comitiva. Provavelmente um prêmio pela invasão que comandou em abril do ano passado ao Ministério da Fazenda.
Para justificar atitudes, Bruno Maranhão, em entrevista, disse que as pessoas têm que separar a sua condição de dirigente petista da condição de líder do MLST. Como se isto fosse possível. É o mesmo raciocínio que tiveram velhos amigos e companheiros do presidente Lula, como José Dirceu, Delúbio, Silvinho Pereira, Paulo Okamoto et caterva, quando flagrados em desacordo com a lei, a ética e a moral.
Lula, sem atentar os alertas, vai descartando amigos e companheiros um a um, na medida em que eles provam que nunca estiveram preparados para fazer parte da Corte. Não enxergou ainda que o problema não é dos despreparados que se aproveitam do poder do rei, mas de uma instituição que não o acompanhou na conquista do poder. O Partido dos Trabalhadores.
Olá Marcão. Talvez v. não saiba, mas venho acompanhando anonimamente o seu blog, desde o dia em que v. me passou o endereço.
ResponderExcluirEm referência ao artigo sobre a "Pátria de chuteiras", acho que v. expressou exatamente o que muita gente sente mas não tem coragem de assumir. Eu, por exemplo, embora tenha uma visão diferenciada da sua pois gosto de futebol, não suporto a exacerbação, o "ôba-ôba", a babação que a imprensa faz à idolatria e ao fanatismo. Acho incrível como o povo, anestesiado, nesta época só sente dores se elas puderem implicar em algum efeito na performance da Seleção. Com certeza as bolhas do Ronaldo (citadas no seu penúltimo artigo) foram mais questionadas nas rodadas dos brasileiros do que as "bolhas" da Câmara Federal (citadas no seu artigo mais recente).
Ê amigo, é o nosso Brasil!!. Mas tirando a exacerbação, muitas vezes fruto do sensacionalismo causado pelo jogo competitivo dos jornalistas, que é bom vermos o Brasil ser reconhecido como quase hegemônico de um esporte-arte mundialmente atrativo, há isso é.
Além disso, é inegável que as vitórias alimentam o sonho de milhões de jovens e crianças que poderão se espelhar na história de vida de alguns atletas que tiveram um passado modesto, como é o caso do R. Gaúcho.
Penso que só isso, fora os outros citados por voce, já é um grande motivo para se vibrar com um gol brasileiro.
Bem, mudando de assunto, rapaz estou precisando falar com v. e perdi o seu email. Por favor me remeta pelo guerrajunior@uol.com.br ou pelo guerra@florianonet.com.br.
Um grande abraço e parabéns.