Em 1968, no vigor dos 16 anos, um anônimo entre centenas de estudantes que queriam mudar o Brasil, resolvi que queria ser jornalista. Em 69 bati à porta do Jornal do Piauí, onde fiquei como auxiliar de revisor. Em 70 já estava sugerindo notas e artigos. Lutei pela liberdade de expressão sentado no banco dos réus. Guardo uma lista imensa de coisas planejadas e algumas realizadas. Espero que esta nova incursão, manter um blog sempre atualizado, seja duradoura.
quinta-feira, setembro 28, 2006
VIVA A GOVERNADORA LOURDES MELO
quarta-feira, setembro 20, 2006
COMO ASSIM, PADRE TONY
terça-feira, setembro 19, 2006
A LÓGICA DO PT
quinta-feira, setembro 14, 2006
O VOTO "A NÍVEL DE" MAÇONARIA
Estou ainda sem candidatos para representar-me na Câmara dos Deputados e na Assembléia Legislativa. Há uma semana acompanho pelo rádio a propaganda política e não consegui ouvir nenhuma proposta decente dos novos postulantes. Há os que dizem besteira, os que se apresentam como médico, como advogado, como trabalhador, como sindicalista e por aí vai. De minha parte, como não estou doente nem precisando de assistência jurídica e tenho uma certa desconfiança de sindicalista, preferi ficar na dúvida.
Tentei me fixar nos candidatos que tentam a reeleição. Mas eles só apresentam trabalho na área que não me diz respeito. Um Deputado Federal, por exemplo, afirmou que merece ser reeleito porque destinou cerca de 800 mil reais para acabar com as gambiarras de energia elétrica nas favelas de Teresina. Até o final de 2007 todo favelado vai receber dinheiro para fazer uma ligação de energia legalizada. Não sou favelado e nem consumo energia de gambiarra. Portanto este já está fora das minhas intenções. Se fosse favelado também não votaria nele. Se tivesse energia de graça, roubada do poste da esquina, por que iria querer fazer uma ligação registrada para pagar conta? Tem candidato que promete criar emprego. Não diz em que área nem explica que o trabalhador tem que ser qualificado. Como estou empregado não me seduz esta promessa. E o pior: a grande maioria dos candidatos só promete e garante que vai salvar os pobres. Vai dar a eles melhores condições de vida, de trabalho, de educação, de segurança. Eliminei aí mais um bocado porque não sou pobre, embora precise de educação de qualidade para meus filhos e netos e segurança para minha família. Mas os candidatos não querem saber de mim. Eles dizem que os ricos podem pagar. Como também não sou rico me sinto perdido. E sem proteção, e sem candidato. Recebi em minha casa alguns candidatos, desses que andam de porta em porta apertando mão e se apresentando como legítimos representantes da “comunidade”. A maioria escolheu uma má hora para me visitar. Estava em descanso ou brincando com meu neto. Foram eliminados porque atrapalharam o meu sossego. O melhor candidato que recebi pedindo voto foi no meu trabalho. Chegou como quem não quer nada e se apresentou como irmão. "A nível de muito respeito e cumplicidade" - dizia ele. Como assim, irmão? – Perguntei. Tinha em mente que estava me confundindo com evangélico ou, na pior das hipóteses, meu pai teria feito alguma coisa muito agradável com a mãe dele. Só caiu a ficha quando ele pediu um papel, assinou rebuscadamente o nome e colocou três pontinhos em forma de triângulo no final. “Reconhece este sinal a nível de irmandade?” – Perguntou ele. Claro que reconheço, disse-lhe. Eu também gosto de enfeitar a minha assinatura, embora desniveladamente, com três pontinhos. Aí ele se animou e começou a falar da seriedade da Maçonaria, porque candidato maçom era de confiança, além do que deveria existir “entre nós maçons o compromisso de solidariedade a nível de irmãos”
sexta-feira, setembro 08, 2006
NÃO CONHEÇO TERESINA
Estou entrando em pânico. Num beco sem saída. Provavelmente pela falta de sinceridade. Por ser bairrista. Nos encontros de trabalho em outras capitais sou o mais intrépido defensor do Piauí, de Teresina. Não aceito gozações de que aqui é quente, que é o Estado mais pobre e essas coisinhas que as pessoas de fora têm como a mais relevante informação. Nunca imaginei que um desses colegas de fora quisesse me por à prova. Pois foi o que aconteceu agora. Um amigo de João Pessoa manda-me um e-mail e telefona confirmando que pretende passar três dias em Teresina, com a mulher e um casal de filhos adolescentes. Viagem de férias. Quer conhecer o melhor da capital piauiense. Está inquieto para ver os encantos de que tanto falo com muita paixão. Vem no final da primeira quinzena de outubro.
Pombas! E logo no período de mais calor? Alguém pode estar pensando que isto é besteira, que o mundo todo sabe que aqui faz calor. Portanto não se justifica a minha apreensão. Não se justificaria, não fossem as respostas secas que dou aos gozadores do Piauí. Esse amigo, por exemplo, uma vez me perguntou o que existia aqui além do calor escaldante. Imediatamente perguntei o que ele conhecia do Brasil, além da fama falsa do calor de Teresina. Falsa fama... deixa estar! Não há de ser nada, pensei após receber o e-mail. Vou arrasar com uma boa programação de nossas coisas. Vejo com tristeza agora que “coisa” é um excelente substantivo. Desde que você não saiba ao certo do que vai falar. Procurei a programação de Teatro para outubro. Se houver, ainda não tem nada definido. Corri para o site da PIEMTUR. Nenhuma informação sobre Teresina, a não ser algumas fotografias da cidade e um texto, uma espécie de crônica surrealista. Sonho de realidade. Fala mais do que queremos ser do que realmente somos. Na descrição dos parques ambientais da cidade a única coisa que se aproveita são os números das leis que os criaram. Nós que moramos aqui sabemos como estão hoje. Basta visitar dois: Parque Poticabana e Parque da Cidade... Lembrei das agências de viagem. Liguei pelo menos para três delas, as maiores segundo a minha avaliação, perguntando o que teriam para oferecer aos visitantes como opção. A resposta em todas foi uma graça. No geral a especialidade delas é tirar o teresinense daqui para conhecer outras capitais, outros países e as praias exuberantes do Nordeste. Sei que posso pegar os filhos adolescentes do meu amigo e jogar nos shoppings. Sim mas e daí? Além de levar o meu amigo para almoças e jantar, e nisto Teresina, para quem pode pagar bem, tem fartura, o que mais posso fazer? Por favor quem tiver costume de enganar amigos visitantes me socorra. Não vale informação de folheto de balcão de hotel, nem opções de compras, nem indicação de artesanato. Ele é do Nordeste. Quem gosta de balangandã feito a mão é paulistano, carioca e europeu. Mas quero lembrar também que antes de entrar em desespero já consultei todas os nossos balcões de informação turística. O que não estava “sem funcionar no momento” o telefone constava como número errado. Tudo bem, eu sei que Teresina recebe centenas de pessoas de outros Estados. Afora os doentes que buscam tratamento, tem os turistas de eventos e encontros de trabalho. Tem os arrivistas, tem os bem intencionados e representantes comercias. E efetivamente meu amigo não se enquadra nestas categorias. Não quero fazer com ele o que as agências de viagens fazem com os teresinenses, com a lógica de que o melhor da cidade está no aeroporto, com o embarque confirmado, ou na Ladeira do Uruguai, saída para Fortaleza e para as praias piauienses.
sábado, setembro 02, 2006
CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA? TÔ FORA!
Aprendemos, eu e toda pessoa normal, que quando a esmola é grande o cego desconfia. E este é um ensinamento que vem de nossos bisavós. Bem a propósito, tive alguns desentendimentos por causa disto. O mais emblemático é com os ecologistas. Que o digam os amigos Judson Barros e Alcide Filho. Se bem que os dois têm menos interesse que a grande maioria. Ecologistas estão sempre fazendo discursos apaixonados em favor da natureza. Existem centenas de ONGs bem abastecidas de grana para defenderem os animais e as plantas. A mais notória organização é o Greenpeace Internacional, que tem ramificações no Brasil. Não dou um vintém por nenhuma. Sou a favor da vida humana. Da vida inteligente, produtiva. Para preserva-la e alimentá-la não ligo se vão morrer centenas de baleias, bois, cabritos, macacos, onças, guaribas e bichos-preguiça. Tampouco me incomoda a devastação de matas para plantar grãos ou criar gado. Ecologistas e ONGs espalham pelo mundo, jurando que é verdade, que o planeta Terra está ameaçado de ficar sem água potável. Que a solução é preservar a Amazônia, pulmão do mundo, que a floresta deve ser um bem da humanidade, deve ser internacionalizada. Até a ONU entrou no discurso. Sou um analfabeto em ecologia, em ecossistemas e outros neologismos criados para colocar na moda os interesses de uns poucos. Mas bobo, não! Ninguém vai me convencer que um planeta feito de água, com calotas polares gigantescas, com oceanos ainda inexplorados, deve se preocupar com essa bobagem. Para o argumento de que ninguém bebe água salgada do mar, dou o testemunho da inteligência humana para criar tecnologia capaz de dessalinizar todos os oceanos. Tecnologia, aliás, já obsoleta. E estou expondo esta posição anti-ecológica antiga porque li hoje uma entrevista que o site www.oquintopoder.com.br divulgou com o pensamento de Gelio Fregapani sobre a preservação da Amazônia. E Fregapani não é qualquer jornalistazinho metido a besta, como eu, que sai colando opinião sobre o que gosta e o de que não gosta, mesmo quando não entende do assunto. Gelio Fregapani (apresentação colada do site) “...é o maior conhecedor da Amazônia. Gaúcho, é o mentor da Doutrina Brasileira de Guerra na Selva. Para atingir a capacidade de iniciativa de tal magnitude já esteve em praticamente todos os locais habitados e muitos dos desabitados da Amazônia, inclusive a selva, aquela que poucos conhecem e que nem uma hecatombe nuclear destruiria. Fala também mais de uma língua indígena Fregapani já conduziu geólogos a lugares ínvios, chefiou expedições militares e coordenou expedições científicas às serras do extremo norte e onde dormem as maiores jazidas minerais da Terra. Desenvolveu também métodos profiláticos para evitar doenças tropicais, tendo saneado as minas do Pitinga e a região da hidrelétrica de Cachoeira Porteira. Coronel do Exército, serviu à força durante quatro décadas, quase sempre ligado à Amazônia, tendo fundado e comandado o Centro de Instrução de Guerra na Selva. Há mais de três décadas, vem observando a atuação estrangeira na Amazônia, o que o levou a escrever Amazônia - A grande cobiça internacional (Thesaurus Editora, Brasília, 2000, 166 páginas), apenas um título de sua bibliografia. Ele está convencido de que a grita dos ambientalistas serve a interesses americanos e de que a ferrugem da soja foi introduzida no Brasil por concorrentes da grande nação do norte. Para Fregapani, a vocação da Amazônia, além da produção de metais, é a silvicultura. “Se nós plantarmos 7 milhões de hectares de dendê na Amazônia, extrairemos 8 milhões de barris de biodiesel por dia, o que equivale à produção atual de petróleo da Arábia Saudita.
Muito bem. Quem quiser continuar sendo ecologista de carteirinha pode abandonar o assunto. Mas se quiser pelo menos ter uma noção de como questionar as grandes esmolas que esse pessoal quer dar à humanidade, com sua luta, aconselho o site www.oquintopoder.com.br para ler a íntegra da entrevista do Fregapani. Após o acesso clica na coluna Soberania Nacional. E nem precisa acreditar em tudo que o Fregapani diz.