O rabino Henri Sobel, presidente do rabinato da Sociedade Israelita Paulista, pagou três mil dólares de fiança para ficar fora da cadeia. A acusação: roubar gravatas em lojas de grife em Palm Beach, Flórida.
Desconfio que ele é um falso judeu. Uma gravata de grife custa em torno de duzentos a trezentos dólares. Em canto algum do mundo um judeu faria tão péssimo negócio. Jamais se arriscaria tomar um prejuízo de cerca de dois mil e setecentos dólares.
A piadinha infame não é nada diante de outras reflexões que somos obrigados a fazer no exercício da profissão de jornalista. Diariamente dezenas de larápios são flagrados roubando em lojas e dificilmente ganham manchete em jornais. Por que Sobel mereceu?
Simplesmente porque ele é o Henri Sobel, um judeu que nasceu em Portugal, foi criado nos Estados Unidos e há mais de trinta anos está no Brasil se metendo em todas as grandes causas como representante de um povo.
Quando terminar a exposição na mídia, porque vai provar que a culpa é dos medicamentos que vem tomando para equilibrar a mente, bem que o rabino poderia abrir mais uma batalha em favor de centenas de brasileiros que estão presos por motivos semelhantes.
A lista de mulheres presas no Brasil, por exemplo, é imensa. Roubaram comida em supermercados, levadas pela emoção de ver os filhos passando fome. Sem direito a fiança foram condenadas a reclusão de dois a seis anos.
Defendo que o Sr. Sobel deva ocupar um posto alto no Governo Lula, no primeiro escalão. É um trapalhão à altura dos que este governo/partido têm trazido à luz no nosso país sem-vergonha.
ResponderExcluirOs crimes de colarinho branco são fichinha comparados a uma gravatinha de grife.
ResponderExcluirOs senhores do congresso nacional estão judiando da gente há tanto tempo e nós é que temos que pagar com conFIANÇA seus salários.
O engraçado e grave da gravata do rabino é que o seu pescoço não está a prêmio, mas se tivesse ainda levaria vantagem, afinal não é todo mundo que se enforca com pura seda de luxo.
E a fome zero de Lula é apenas um pretensioso e mentiroso programa. Quem tem fome e não se enquadra ou se cadastra na lista assitencialista acaba na cadeia. Para quem vive em um inferno cotidiano sem nada na panela, flagrado na tentiva de diminuir a dor da fome ou por azar muda de endereço: vai para outro inferno, o do sistema carcerário brasileiro, mas lá, pelo menos, as refeições estão garantidas.
A injustiça social permanece altiva em seu patamar. De lá distribui as mazelas segregacionais que nivela pelo bolso o valor que tem um ser humano sem oportunidades.
Esse texto, meu caro Marcus, é um tapa em nossas consciências anestesiadas pelo, quase comum, ritmo diário de desgraças que vemos da manhã a noite na tv aberta brasileira.
Abraços!