Em 1968, no vigor dos 16 anos, um anônimo entre centenas de estudantes que queriam mudar o Brasil, resolvi que queria ser jornalista. Em 69 bati à porta do Jornal do Piauí, onde fiquei como auxiliar de revisor. Em 70 já estava sugerindo notas e artigos. Lutei pela liberdade de expressão sentado no banco dos réus. Guardo uma lista imensa de coisas planejadas e algumas realizadas. Espero que esta nova incursão, manter um blog sempre atualizado, seja duradoura.
quarta-feira, março 29, 2006
O NOVO MAGO DA ECONOMIA
O novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, assumiu fazendo uma promessa de magia: levar o Brasil a uma taxa de crescimento entre 4 e cinco por cento este ano. Estamos em março. Ou melhor, iniciando o segundo trimestre do ano de 2006.
Qualquer menininho de 16 anos, que viu na escola as primeiras noções de economia, sabe que o crescimento não é passe de mágica. É trabalho, é investimento, é capacidade de competir, é ter receita maior que despesa.
Nunca é demais recordar que o Brasil acabou de enfrentar uma crise de energia elétrica. As dificuldades foram vencidas compulsoriamente e de lá para cá nenhum grande investimento foi feito no setor, que possibilite pendurar pelo menos uma indústria de médio porte na rede energética. Até o programa que deveria aumentar a capacidade de Itaipú está sob suspeita de atolamento em propina.
No setor de transporte o melhor investimento foi recente. Tapar os buraquinhos das estradas, que ressurgiram. Não há nenhum programa de construção de novas rodovias, de hidrovias ou ferrovias, a não ser discursos de possibilidades. Se alguma coisa começasse hoje dificilmente ficaria concluída nos nove meses restantes do ano.
As taxas de juros que poderiam ser um atrativo para motivar empréstimos a empreendedores só beneficiam aos especuladores. Não se conhece nenhum empresário, a não ser um grande suicida econômico, que se atreva trabalhar com dinheiro bancário para ter lucratividade negativa. Aliás quem for esperto no Brasil vai é trocar a atividade empresariam pela de investidor no mercado de capital.
E como falar em crescimento sem estimular o consumo interno, que possibilite maior demanda para a indústria e o comércio? Como consumir se a taxa de desemprego oscila de estável para maior, os salários estão achatados e etc... etc... etc?
Pelo visto a economia do Brasil vai se sustentar nos mesmos pilares do Palocci: estabilidade da economia internacional, pagamento adiantado de algumas parcelinhas da dívida externa e um bom discurso interno para dizer que se não pioramos tá tudo muito bão.
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