Renan Calheiros é o herói nacional. Garanhão, adúltero, generoso e displicente. Não precisa de mais qualidades para ter a admiração de um país machista.
Surpreendido pela revelação de seus feitos heróicos, Renan calou o Senado. Juntou alguns papeis e, ao invés de ir para a tribuna, se aboletou na cadeira da presidência. De lá se fez de ofendido. E defendeu-se dos vilipêndios lançados pela Veja. Transformou a publicação na mais nova revista de fofocas do país. Nenhum senador o interrompeu.
Também pudera!
Regimentalmente, como presidente do Senado, e ao falar nesta condição, ninguém pode se manifestar contra ou a favor. Pode até cochilar ou se retirar do plenário. Mas interromper a fala, de jeito nenhum.
Renan confessou. Fornicou mesmo com a jornalista. Teve uma filha com ela. Mas não a abandonou. Assumiu a paternidade. Um ano e meio depois, claro, porque precisava saber se a menina se parecia com ele. E para garantir o futuro da criança, preservando a vida pessoal, fez o que fez. Utilizou-se de um amigo de vinte anos para repassar as obrigações pecuniárias. Generosas, aliás. A filha não deveria passar necessidades. A mãe não poderia chorar a separação. Dinheiro dá conforto e resignação, sabiam?
A defesa de Renan convenceu. O país deixou de discutir a bandalheira pouco republicana para centrar fogo na ética jornalística, que não podia ser quebrada para entrar na vida privada de um homem público.
Como nunca liguei para manual de ética, porque já nasci com o genes da ética e o reforcei durante toda a minha vida, quero, sim, continuar na discussão. Tenho a convicção que Renan Calheiros é homem público. E o que ele fez confessadamente, entre quatro paredes, com a jornalista, no privado, não vai fazer comigo publicamente sem beijar na boca.
Quero, sim, saber de onde saiu o dinheiro, por que um alto executivo de uma empreiteira estava sendo usado como garoto de recado e porque o presidente do Senado, tão generoso, não se preocupava em ter recibo para evitar futuras cobranças. Sim porque a jornalista poderia alegar que nunca recebeu nada do pai da criança e pedir uma indenização polpuda. Como Renan iria provar que pagou o acerto?
Quero saber também se como cidadão Renan declarava no Imposto de Renda a mais nova herdeira e a sua mãe como dependentes. Se declarou neste ano, a título de pensão alimentícia, os valores que mandou o amigo entregar para a ex-concubina.
E definitivamente quero deixar claro que minha preocupação é com o relacionamento pouco ortodoxo do presidente do Senado com empreiteiras. A sua relação fora do casamento pouco me interessa. Diz respeito apenas à tolerância de sua família. Se bem que cair na farra sem usar camisinha é uma falta de compromisso com a saúde pública da nação.
Para quem nasceu para o mundo pela mãos de Collor, e se estabelece com Lulla, abençoado por Sarney, dá prá imaginar que tipo de coisa é essa criatura. Quanto ao fato maior, da propina que impera entre os poderosos, os "homens públicos" desse país de brincadeira, gostaria sinceramente que se aplicasse aqui a mesma postura nobre que predomina nos orientais, que envergonhados da corrupção se matam. Olha, amigo, aqui ia ser uma vacância de cargos públicos impressionante. Você não acha?
ResponderExcluirMarcos, por favor, dá uma pasadinha lá no blog, e vê que coisa interessante acabei de postar.
ResponderExcluirUm abraço,
Paulo
Marcus Cavalcante, sempre q posso leio seu blog e sei q muitas pessoas procuram por q vc e um jornalista renomado(q nao trabalha so com o jornalismo tb! ) posso falar q vc e um porta voz de pessoas q muitas vezes procuram autoridades q nao resolvem nada e ai nos ficamos a ver navios!!!!Sera q posso tb contar com sua ajuda tb?...Moro aqui no bairro AEROPORTO, perto de um antro (q chmam de pagode NOVO TOM)E todo sabado e um inferno..Aqui nas proximidades da Rua Guapore com Coelho de Resende todo sabado tem esse tal de pagode q começa as oito da noite e vai ate tres da mnha,sem contar q começa o "show " a nossa rua fica invadida por carros ate em cima das nossas calçadas , carros estacionados em fila dupla, e flanelinhas donos da rua, e mais motoristas iginorantes q se acham no direito de estacionar em cima de nossas calçadas e qd vamos reclamar este ainda e um burro chucro conosco..Ja fizemos abaixo assinado pra tirar esse cidadao daqui , fomos a secretaria do meio ambiente e nada acontece! sem contar q temos as famosas gambiarras daquelas pessoas q vem vender cachorro quente e puxam luz do fio do poste em frente a nossa casa!!E quando termina o show de pagode começa daqeles q tem comportamento anti-social q ligam o som dos carros a altura maxima com nesse bairro nao morasse gente..quando chamamos a Policia esta vem mais e depois q eles saem? sera q e so na Zona LESTE Q TEM O BOA NOITE TERESINA ? E QUEM MORA NA ZONA NORTE NAO CONTA? AH E OS ASSALTOS Q JA PRESENCIAMOS E BRIGAS ISSSO TB NAO CONTA? NOSSO BAIRRO E RESIDENCIAL ..SABE COM TA NA PREFEITURA ZONA MISTA ,,,,Vc poderia ao menos nos orientar como devemos proceder ..parece q aqui nao tem policia nem STRANS...De um leitor q admira seu trabalho
ResponderExcluirGostaria de saber sua opinão sobre a TV Rádio Clube ter conseguido aprovar um livro na Lei A. Tito Filho, não que eu seja contra os livros muito pelo contrário, o que é estranho é que a TV pode fazer isso sem precisar usar a verba destinada a projetos culturais dos artistas locais, pois ela tem como bancar um livro desse e nóis não temos nada, meu projeto, que acreditava ser maravilhoso, não passou e eu nunca poderei bancá-lo.
ResponderExcluirPARA REIJANE DIAS. A TV Clube não teve nenhum projeto aprovado pela Lei A Tito Filho. Seria realmente uma injustiça com os artistas e autores se a empresa pelo menos tentasse concorrer. Aliás não sei se empresas podem concorrer. Quem apresentou o projeto foi o neto do Professor Valter Alencar, advogado Valter Alencar Rebelo. Era um projeto, diga-se de passagem, que ele vinha mantendo em segredo até mesmo com a família, até onde eu sei. Eu, por esxemplo, estava com um vasto material para escrever a história da TV Clube. Se Valter passou à frente de muitos escritores, também me deixou para trás. Dormimos no ponto. Alio à sua a minha revolta. Eu queria ter chegado lá primeiro. Quanto ao projeto dele ter superado o seu e de outros jovens talentos, sugiro que o pedido de explicações seja encaminhado ao Conselho que analisou cada projeto.
ResponderExcluirRenan para o Ministério da Agricultura, já!
ResponderExcluirNão é só o Senado que tergiversa no caso Renan. Veja só, dos seis comentários, apenas dois se referem ao texto. O homem é poderoso mesmo e o boi vai pro Brejal dos Guajás.
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