quinta-feira, abril 20, 2006

O MARAFONA OKAMOTO

Quando assumiu a presidência do Sebrae nacional, o amigão do presidente Lula, Paulo Okamoto, deu entrevista ao Bom Dia Brasil, em Brasília. Zileide Silva, que fala cinco idiomas, tem mestrado e doutorado em comunicação e jornalismo, um currículo de fazer inveja a qualquer estrela do jornalismo nacional, foi encarregada da entrevista. A Globo exagerou na dose... Tudo bem. Parece preconceito. Mas Posso explicar mais adiante. A primeira pergunta da repórter Zileide, óbvia mas necessária: “qual é a formação do senhor?" Ao que o vistoso entrevistado, provavelmente achando aquela negra um pouco atrevida, respondeu com orgulho: “minha formação foi a vida!” A resposta abriu-me um riso saudoso. Remeteu-me à infância. Aos conselhos de meu avô: “menino estuda porque a vida só ensina ser malandro ou marafona. A escola é que leva ao bom caminho”. Marafona, no linguajar cearense da época, correspondia a meretriz, que é a mesma coisa que prostituta e agora mais modernamente garota de programa. Claro que era uma visão grosseira, uma forma truculenta de convencimento. Hoje se sabe que até para ser malandro ou prostituta carece ter um pouco de conhecimento. Bom, mas isto são divagações. O fato é que a resposta do senhor supremo do Sebrae me fez ir atrás do que significava ter aprendido com a vida. Descobri que Okamoto fez um primário incompleto. Nenhum preconceito contra quem não teve oportunidade de estudar. Em absoluto. O preconceito é contra o cara que se formou na escola que diploma malandros e marafonas pensar que é mais sábio que o brasileiro comum. O brasileiro que foi para a escola formal. Preconceito à parte, de qualquer forma, faça-se justiça. O homem é escolado. De marafona Paulo Okamoto herdou a mania de dar dinheiro a cafetão. Basta lembrar as contas que pagou do amigão presidente e depois da filha do presidente. Mesmo sem ser solicitado. Com todo respeito ao cidadão Luiz Inácio da Silva que aprendeu com a sua mãezinha sobreviver às próprias expensas.
Os desvios devem ter sido provocados pela faixa presidencial. De malandragem, aí sim, Okamoto entende mais ainda. Senão como explicar que comande, sem contestação, uma instituição que ganhou credibilidade no Brasil e em parte do mundo porque tem um trabalho de técnicos competentes, que ralam para ter aperfeiçoamento em graduação universitária, em especialização, em doutorado e no que mais for necessário? Escolas, claro, reconhecidas pelo MEC.
O Sebrae, como uma instituição bem nascida e educada, vai suportar até quando?
Bem a propósito, vem outra saudade de meu querido avô e suas máximas: “quem muito se abaixa, meu filho, o fundilho aparece”

5 comentários:

  1. Anônimo9:09 AM

    Sr. Jornalista. O senhor estar mechendo com quem pode. Nois pode lhe proceçá. Tenho muitos amigo na justissa. As pessoa do Sebrai me ama, por isso o senhor tem de apagar o que escreveu nesse blogue de merda.

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  2. Anônimo12:21 PM

    Será que o Okamoto vai entender o que você quis dizer? Chama-lo de malandro e puta velha é elogio. Malandro é ter jogo de cintura. Puta velha é ter experiência.

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  3. Anônimo1:56 PM

    Eu queria saber escrever assim....bjs

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  4. Anônimo10:01 AM

    E vc queria o quê? Se o Brasil pode ser dirigido (é bem verdade que mal) por um semi-analfabeto, por que o Sebae também não pode? Os técnicos de lá são melhores do que nós todos, os brasileiros?

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  5. Anônimo não costumo classificar as pessoas de melhores ou piores. Elas são apenas diferentes. Mas no caso do Sebrae os técnicos não tiveram a opção democrática da escolha. Não votaram em Okamoto para presidente. Portanto são bem diferentes de nós brasileiros.

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