terça-feira, janeiro 16, 2007

JORNAL IMPRESSO TEM FUTURO, SIM!

A grande pergunta hoje sobre o futuro do jornalismo impresso é se vai ou não acabar. Com a explosão da internet, em que sítios de notícias nasceram de todo modo e tamanho, os setores econômicos começaram a se questionar se valia à pena continuar investindo no jornal, do modo em que ele é concebido hoje editorial e graficamente. Particularmente acho que sim. O jornal impresso terá vida longa. Mas haverá mudanças radicais no modo de impressão. Como já houve ao longo dos últimos dois séculos. Vislumbro, por exemplo, a impressão eletrônica. Não para ler em tela de computador, mas numa telinha fina que o leitor poderá carregar debaixo do braço. E se duvidarem vai haver mecanismo de virar e dobrar a página. As profissões de gazeteiro, distribuidor de jornal, empacotador e outras que vivem para fazer circular a notícia com assinantes e bancas de jornais se acabarão. A de jornalista de impresso, nunca! A internet é lixo puro. Os blogs e sítios de notícias, embora despertem muita curiosidade e acessos irrestritos no primeiro momento, nunca terão, salvo raras exceções, o principal produto que garante o consumo do jornal impresso: a credibilidade. Além da credibilidade o veículo dá comodidade ao leitor. Em uma mesma edição, feita por jornalistas experientes em apurar as notícias, o consumidor terá todas as variáveis de informações: política, economia, esporte, polícia, variedade, cidade, análises nacionais e internacionais, opiniões conceituadas, oportunidade de investimento e o que mais se imaginar para o gosto do leitor. Na internet normalmente os sítios são especializados, quando muito. Porque na maioria das vezes se baseiam apenas em especulações e opiniões de duvidoso conceito. Portanto não passa de mero achismo afirmar que os jornais impressos terão vida curta. Vamos continuar comprando e assinando este tipo de jornalismo, que é o mais consistente. Com a nossa telinha fina, que poderemos comprar ou receber de graça dos grandes órgãos, como fazem as operadoras de celular, teremos on line todo o caldo de informações. E apuradas por quem realmente tem competência. Apostar simplesmente na internet como fonte de informação é apostar no imponderável. Primeiro porque não é absolutamente confiável. Segundo e definitivamente porque a garantia do consumo de notícia é dada pela credibilidade e pela ética de quem a apura.

6 comentários:

  1. Anônimo3:35 PM

    Gostei da previsão tecnológica camarada Cavalcante. Acho que seria um trauma para muita gente deixar de folhear o jornal no dia-a-dia. Tomara que você esteja certo. E para fechar só uma pergunta: o teu blog se inclui no latão de lixo que você diz ser a internet?

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  2. Anônimo9:50 PM

    Fala Fênix. Aguarda meu comentário sobre esse grande, oportuno e interessante assunto. Antecipo meu ponto de vista: Imprensa é escrita.
    Abraço,

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  3. Anônimo11:02 PM

    Vamos lá, camarada:
    1. Quem lê impressos, a princípio, é porque gosta de ler. E sabe que ali foram publicadas coisas para serem lidas. Por isso, na sua maioria, é uma mídia procurada. Os outros meios "apelam" pela atenção da audiência. Concorda?
    2. O aspecto do tempo para a transmissão da informação favorece aos meios impressos. Resumir informação é tratar as coisas como sinopse, portanto uma tentativa de iludir o leitor que sempre quer saber mais, quer detalhes. Exceto os especiais de tv e rádio, e os sites especializados, onde encontrar oferta de espaços tão generosos? Continua corcordando?
    3. O inimigo Nº 1 dessa mídia chama-se custo do papel. Se vivéssemos num país de leitores, ou de homens educados para isto, pontualmente, não haveria qualquer tipo de imposto sobre os materiais gráficos. A começar pelo papel, que é o item mais caro. Como os homens públicos brasileiros se habituaram a ler apenas orçamento e extratos bancários... Vai sonhando.
    4. A tecnologia, os novos tempos, penso aqui comigo, tem evoluído exageradamente na oferta de mídias, mas não tem melhorado a qualidade intelectual dos leitores. Até porque este não é seu papel. Penso que as pessoas estão abraçando a COMODIDADE a olhos vistos. E a grande indústria tecnológica tá é achando bom. Vc não vê, os intelectuais projetados para o amanhã, essa meninada das escolas, são figuras de cultura frágil, do ponto de vista presencial: conhecem tudo de ouvir dizer, sem queda prá pesquisas mais profundas, ou a verificação in loco, quando possível. E têm uma intuição que, Nossa...! Meu filho mais velho, estudante de Direito, escreve bem prá caramba, mas ao que sei, fora os livros escolares, só leu dois ou três livros. Por isso percebo que ele tem deficiências no vocabulário, e não sinto firmeza na sua gramática.
    5. E, para concluir, se continuar assim, aonde é mesmo que a gente vai encontrar, no futuro, notícias de ontem no envólucro da barra de sabão, do peixe na feira, ou da cerveja gelada (empoada) que compramos nas quitandas?
    Pensando melhor, apaga esse último, porque peixe em feira, sabão em barra e cerveja em quitanda é coisa do passado. Né não?
    Um abraço,
    Paulo Chaves

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  4. Anônimo7:30 AM

    Marcus,

    Encontrei no site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal um artigo do jornalista piauiense Paulo José Cunha, que você bem conhece, tratando desse mesmo tema. Veja:

    http://www.sjpdf.org.br/internas/noticias_details.cfm?id_noticia=766

    Um abraço,

    Meto Alves

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  5. Anônimo7:32 AM

    Digitei meu nome errado, chamo-me Neto Alves e moro em Água Branca/PI.

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  6. Olá. Bem tudo começa com uma pesquisa, certo? E então "fuçando" achei seu blog e este texto justamente sobre o que eu precisava. Sou estudante de jornalismo, e apaixonada pelo impresso. Adorei o texto Cavalcante e também os comentários dos Paulo Chaves, obrigada aos dois!

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