quarta-feira, março 22, 2006

O ADJETIVO DO B. SÁ

Que pecado pode levar o deputado B. Sá ao juízo final? Nenhum, certamente! Não carregou dinheiros em malas, não foi flagrado com grana na cueca, não escondeu cédulas nas caixas de rum em rápidos jatinhos, não usou Banco Rural e nem secretária especializada em contar notas em apartamentos de luxuosos hoteis. Foi mais original. Com amplo direito de se expressar recorreu ao um adjetivo VOLUMOSO para fazer uma certa cobrança. Tanto pode ser dinheiro quanto outra coisa qualquer. Semente de leguminosa, por exemplo. Os pesquisadores investem muita grana para produzir um capim volumoso com que alimentar o rebanho no semi-árido. Volumoso vem de volume, que também pode ser pacote, embrulho, fardo. Coisa de pobre! Rico usa maleta, ou mala de grife. O deputado é homem culto. Daí o adjetivo volumoso poder ser tomado como substantivo masculino TOMO, que significa livro, ou fascículos de uma obra literária. Sem falar que, como médico, poderia também estar se referindo ao valor que se obtém quando se divide o peso atômico de um elemento por sua densidade, o que designina o VOLUME ATÔMICO. E ainda no campo da química poderia estar se referindo ao VOLUME MOLAR, que determina a quantidade do mol de uma substância. E que tal ser mais erudito ainda e dizer que o VOLUME MOLAR é o quociente do volume da solução pelo número de moles do solvente e do soluto contidos nesse volume? Poucos entenderiam mas fica mais fácil acreditar. Os doutores sempre levam vantagem. Na física, igualmente, quem se interessar por pacote vai encontrar o VOLUME REDUZIDO, que é o quociente do volume duma massa de gás pelo volume crítico dessa massa. E se alguém disser ou reclamar que se está falando de um VOLUME ESPECÍFICO, Eu explico: específico, na física, trata-se do volume da unidade de massa duma substância. Por exemplo, o volume do gás produzido na decomposição de um quilograma de um explosivo, reduzido às condições normais. Como se observa, o deputado B. Sá está com uma BOMBA nas mãos, mas tem muitos argumentos para se explicar. Ao se esconder, tem poucas chances, como na física, de voltar às condições normais.

5 comentários:

  1. Anônimo10:14 AM

    O certo é que está se avolumando a expectativa para saber dele como decifrar verdadeiramente qual das possibilidades entre as que você elenca que ele vaia usar para assumir a pisada de bola ou justificar o injustificável.

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  2. Anônimo11:50 AM

    Meu bem, vim aqui te visitar e dizer q vc continua show de bola. E q bom q tenhamos vc tb na net.Bom, minha casa é a poesia e o conto. Se vc quiser dá uma passada lá, estarei te esperando de coração aberto: www.goback.blig.ig.com.br.
    Bjs...

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  3. Anônimo1:55 PM

    Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  4. Anônimo4:20 PM

    Arre égua macho. Deu de pau. Devias se especializar em desculpas esfarrap-adas e prestar assessoria a político, digamos, sem juízo.

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  5. Anônimo8:26 PM

    gyviugyigyi

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