sábado, agosto 12, 2006

A INFLUÊNCIA DO ÍNDIO QUE NÃO SABIA CONTAR

Não sei bem onde vi, mas é certo que um desses antropólogos estudiosos afirmou e provou que os índios brasileiros, lá na época do descobrimento, só sabiam contar até dois. E como fazia o índio pescador para dizer, por exemplo, que pegou dez peixes? Eu respondo: simplesmente ele não pescava dez peixes. O índio era ecologicamente correto. Só matava o que podia consumir. Bobagem, diria o antropólogo. O índio pescador pescava dez peixes, sim. Na hora de contar vantagem ele dizia "só com uma flechada espetei dois e dois e dois e dois e dois peixes". Bom mas não era de história de pescador que queria me ocupar hoje, principalmente de pescador que não sabe contar além de um par de vantagens. Se bem que, como arremedo de sociólogo que tentei ser, posso apontar a influência nefasta desta dificuldade dos nossos índios no Brasil de hoje. Os políticos por exemplo, na grande maioria, têm uma enorme dificuldade de pestar contas da riqueza amealhada em pouco tempo. Não sabem contar. Talvez por isto percam a noção da roubalheira. As instituições de pesquisa do Governo também têm a influência do índio. Medem, pesquisam, checam os números e na hora da divulgação aparecem as aberrações: a inflação não evolui embora o trabalhador sinta a diminuição do poder de compra e o aumento da dívida na bodega da esquina. Sem falar em outras dificuldades administrativas. Os impostos novos criados nunca são suficientes para cobrir as dívidas oficiais. Veja-se o problema da Previdência. Enfim, o que eu queria dizer mesmo é que sou ainda um índio primitivo. Não consigo entender nem fechar as contas nos discursos que ouço nesta campanha eleitoral. O Brasil que até ontem não tinha dinheiro para nada, para nenhum investimento, hoje aparece, nas promessas políticas, com capacidade para gerar milhões de empregos, para investir na indústria, na saúde, na segurança e no que mais aparecer. Desconfio que todos os candidatos têm origem européia. Lula não conta. Ele é analfabeto confesso e orgulha-se de não ter recuperado o tempo perdido estudando quando não tinha nada para fazer. (postado sem revisão)

2 comentários:

  1. Anônimo12:37 PM

    Confesso que sou teu irmão de sangue. Também não consigo entender os números da campanha

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  2. Anônimo3:55 AM

    Realmente os números são sempre muito otimistas, quando não, ilusórios mesmos.

    Em relação ao presidente Lula que não estudou em universidade quando estava se formando para debater a realidade Brasil e penso que jamais uma universidade teria condições de dar o resultado de um discurso qualitativo, firme, de quem radiografou a sociedade brasileira convivendo com os grandes cientistas, sociólogos, pesquisadores, e demais intelectuais, mergulhando a fundo nos grandes temas e dilemas brasileiros, culminando em uma eleição para presidente do Brasil. Também não sei se para chegar a uma posição de destaque na moeda do status quo que possa permitir-lhe meritoriamente participar de pleitos eleitorais seja obrigatório possuir um certificado de conclusão de curso superior nem que seja alcançado por uma das milhares de faculdades de qualidade duvidosa que proliferam pelas esquinas.

    Mesmo com uma massiva campanha, nunca vista antes com tanta ferocidade, bem urdida, planejada com requintes, que tentou criar todas as dificuldades de governabilidade e inviabilização de um segundo mandato, não foi bem-sucedida o suficiente para fazer declinar o favoritismo nas urnas em 2006 no primeiro turno.

    É bom pensar sobre isso.

    O nosso índio por meio de sua cultura ganhou finalmente um olhar especial do Ministério da Cultura, veja nesse endereço: http://www.cultura.gov.br/noticias/noticias_do_minc/index.php?p=17883&more=1&c=1&pb=1 vale a pena dar uma olhada.

    Bom mesmo é ter sua presença bloguística enriquecendo esse mundo virtual.

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